sexta-feira, 30 de maio de 2014

Trabalhos realizados no Bioma Caatinga com animais silvestres ("Expedições")

Retrospectiva de trabalhos realizados dentro do Bioma Caatinga voltados para o manejo de animais silvestres. Alguns municípios que participei do manejo de fauna foram:  Maracás, Igaporã e Santaluz  no estado da Bahia. Nos vídeos abaixo podemos ver  registros de alguns animais silvestres que foram encontrados nas áreas dos devidos municípios. 


                                       Fauna Silvestre -Maracás e Igaporã

                                      Fauna Silvestre - Santaluz - Bahia

"Diante de cada trabalho realizado percebemos o quanto é rico o Bioma Caatinga.
Há uma grande biodiversidade quanto à fauna e  flora.  
Muitas pessoas ainda tem uma visão errônea quanto ao bioma caatinga, principalmente em períodos de estiagem que é quando acham que a mata está morta, sendo que as plantas da caatinga transformam-se adotando uma fisionomia  branco-acinzentada devido a perda das folhas, e isto é uma questão de adaptação ao período seco para evitar a transpiração e poder reter  líquido para a própria sobrevivência." 
Por
 Maria Marques Nunes Neta(Bióloga)


Descrição da caatinga:


A caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados,

o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia,

 Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o

 norte de Minas Gerais. Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de

 mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e

 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e

 dependente dos recursos do bioma para sobreviver. A caatinga tem um imenso 

potencial para a conservação de serviços ambientais, uso sustentável e 

bioprospecção que, se bem explorado, será decisivo para o desenvolvimento da

 região e do país. A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades 

econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos

 ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos. 


Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada,

 principalmente nos últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha 

  nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e

 indústrias, ao sobre pastoreio e a conversão para pastagens e agricultura. 

Frente ao avançado desmatamento que chega a 46% da área do bioma, 

segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o governo busca 

concretizar uma agenda de criação de mais unidades de conservação federais e

 estaduais no bioma, além de promover alternativas para o uso sustentável da sua

 biodiversidade. 

Mais informações no site abaixo: 

http://www.mma.gov.br/biomas/caatinga



DECLARAÇÃO DA CAATINGA


Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe

 17 e 18 de maio de 2012

 

NÓS,  membros dos governos estaduais, parlamentares, representantes do setor  privado, do terceiro setor, dos movimentos sociais, da comunidade acadêmica e de  entidades de pesquisa dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, mobilizados durante o período de junho de 2011 a maio de 2012 para discutir a promoção do desenvolvimento sustentável no bioma Caatinga, e ainda considerando que:

A Caatinga é o maior bioma da região Nordeste e o único exclusivamente brasileiro;

Cerca de 28 milhões de pessoas habitam a Caatinga, fazendo dessa região uma das mais densamente povoadas entre aquelas de características climáticas similares no mundo. Parte desse contingente vive sob grande vulnerabilidade social e econômica;

É na Caatinga que vive a população mais pobre do Nordeste e uma das mais pobres do Brasil, e que o quadro de pobreza da região gera uma significativa dependência dessa população em relação aos recursos naturais do bioma;

A conservação e uso sustentável dos recursos naturais da Caatinga são imprescindíveis para o desenvolvimento da região e a melhoria da qualidade de vida da população;

Apesar da riqueza biológica, majoritariamente desconhecida, a Caatinga é o bioma

brasileiro menos protegido e pesquisado;

Ao contrário da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, da Serra do Mar, do Pantanal e da Zona Costeira, a Caatinga não é considerada ainda como patrimônio nacional;

O elevado nível de desinformação sobre a Caatinga faz com que esse bioma não tenha o mesmo apelo que a Amazônia e a Mata Atlântica possuem dentro e fora do país; A Caatinga já perdeu cerca de 46% da vegetação original e a degradação ambiental que se observa atualmente no bioma decorre principalmente da intensa, inadequada e insustentável exploração dos recursos naturais e da escassez de projetos que integrem crescimento econômico, inclusão social e proteção do meio ambiente; A desertificação é um problema socioambiental que provoca pobreza, desigualdade e exclusão social e que requer o enfrentamento de maneira articulada por meio de políticas públicas integradas;

A Caatinga é o bioma brasileiro mais vulnerável às mudanças climáticas e tende a ser o mais atingido pelos efeitos negativos do aquecimento global, que pode agravar o quadro da desertificação e reduzir as áreas aptas para a agropecuária e a capacidade de geração de serviços ambientais, com impactos severos também na disponibilidade de recursos hídricos na região;

A desertificação e a seca constituem problemas que afetam particularmente o semiárido brasileiro e, em virtude do agravamento dessas questões em 2012, há a necessidade urgente de aprovação do projeto de lei da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, que tramita no Congresso Nacional desde 2007;


obs:
Veja a Declaração da Caatinga na íntegra no site abaixo:

https://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/investir_no_nordeste/downloads/docs/declaracao_da_caatinga.pdf