Retrospectiva de trabalhos realizados dentro do Bioma Caatinga voltados para o manejo de animais silvestres. Alguns municípios que participei do manejo de fauna foram: Maracás, Igaporã e Santaluz no estado da Bahia. Nos vídeos abaixo podemos ver registros de alguns animais silvestres que foram encontrados nas áreas dos devidos municípios.
"Diante de cada trabalho realizado percebemos o quanto é rico o Bioma Caatinga.
Há uma grande biodiversidade quanto à fauna e flora.
Muitas pessoas ainda tem uma visão errônea quanto ao bioma caatinga, principalmente em períodos de estiagem que é quando acham que a mata está morta, sendo que as plantas da caatinga transformam-se adotando uma fisionomia branco-acinzentada devido a perda das folhas, e isto é uma questão de adaptação ao período seco para evitar a transpiração e poder reter líquido para a própria sobrevivência."
Por
Maria Marques Nunes Neta(Bióloga)
Descrição da caatinga:
A caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados,
o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia,
Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o
norte de Minas Gerais. Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de
mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e
221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e
dependente dos recursos do bioma para sobreviver. A caatinga tem um imenso
potencial para a conservação de serviços ambientais, uso sustentável e
bioprospecção que, se bem explorado, será decisivo para o desenvolvimento da
região e do país. A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades
econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos
ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada,
principalmente nos últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha
nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e
indústrias, ao sobre pastoreio e a conversão para pastagens e agricultura.
Frente ao avançado desmatamento que chega a 46% da área do bioma,
segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o governo busca
concretizar uma agenda de criação de mais unidades de conservação federais e
estaduais no bioma, além de promover alternativas para o uso sustentável da sua
biodiversidade.
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada,
principalmente nos últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha
nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e
indústrias, ao sobre pastoreio e a conversão para pastagens e agricultura.
Frente ao avançado desmatamento que chega a 46% da área do bioma,
segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o governo busca
concretizar uma agenda de criação de mais unidades de conservação federais e
estaduais no bioma, além de promover alternativas para o uso sustentável da sua
biodiversidade.
Mais informações no site abaixo:
http://www.mma.gov.br/biomas/caatinga
DECLARAÇÃO DA CAATINGA
Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe
17 e 18 de maio de 2012
NÓS, membros dos governos estaduais, parlamentares, representantes do setor privado, do terceiro setor, dos movimentos sociais, da comunidade acadêmica e de entidades de pesquisa dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, mobilizados durante o período de junho de 2011 a maio de 2012 para discutir a promoção do desenvolvimento sustentável no bioma Caatinga, e ainda considerando que:
A Caatinga é o maior bioma da região Nordeste e o único exclusivamente brasileiro;
Cerca de 28 milhões de pessoas habitam a Caatinga, fazendo dessa região uma das mais densamente povoadas entre aquelas de características climáticas similares no mundo. Parte desse contingente vive sob grande vulnerabilidade social e econômica;
É na Caatinga que vive a população mais pobre do Nordeste e uma das mais pobres do Brasil, e que o quadro de pobreza da região gera uma significativa dependência dessa população em relação aos recursos naturais do bioma;
A conservação e uso sustentável dos recursos naturais da Caatinga são imprescindíveis para o desenvolvimento da região e a melhoria da qualidade de vida da população;
Apesar da riqueza biológica, majoritariamente desconhecida, a Caatinga é o bioma
brasileiro menos protegido e pesquisado;
Ao contrário da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, da Serra do Mar, do Pantanal e da Zona Costeira, a Caatinga não é considerada ainda como patrimônio nacional;
O elevado nível de desinformação sobre a Caatinga faz com que esse bioma não tenha o mesmo apelo que a Amazônia e a Mata Atlântica possuem dentro e fora do país; A Caatinga já perdeu cerca de 46% da vegetação original e a degradação ambiental que se observa atualmente no bioma decorre principalmente da intensa, inadequada e insustentável exploração dos recursos naturais e da escassez de projetos que integrem crescimento econômico, inclusão social e proteção do meio ambiente; A desertificação é um problema socioambiental que provoca pobreza, desigualdade e exclusão social e que requer o enfrentamento de maneira articulada por meio de políticas públicas integradas;
A Caatinga é o bioma brasileiro mais vulnerável às mudanças climáticas e tende a ser o mais atingido pelos efeitos negativos do aquecimento global, que pode agravar o quadro da desertificação e reduzir as áreas aptas para a agropecuária e a capacidade de geração de serviços ambientais, com impactos severos também na disponibilidade de recursos hídricos na região;
A desertificação e a seca constituem problemas que afetam particularmente o semiárido brasileiro e, em virtude do agravamento dessas questões em 2012, há a necessidade urgente de aprovação do projeto de lei da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, que tramita no Congresso Nacional desde 2007;
obs:
Veja a Declaração da Caatinga na íntegra no site abaixo:
https://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/investir_no_nordeste/downloads/docs/declaracao_da_caatinga.pdf